Egy kicsit Budapest

Egy kicsit Budapest: um bocadinho de Budapeste, em húngaro (segundo o Google Tradutor)

Em 2014, eu e 102.411.369 pessoas nos apaixonamos por George Ezra quando ele cantou sobre Budapeste. Uma casa na cidade, um baú de tesouro escondido, um piano de calda dourado, um lindo castelo. Ele trocaria tudo por uma moça.

Quando ouvia falar da Hungria, me via novamente sentada na sala da quinta série lendo sobre Franz Ferdinand, o imperador austro-húngaro. Sobre sua capital, Budapeste, não conseguia visualizar nenhum monumento, ouvir um sotaque e nem sentir algum cheiro em específico.

Ouvi a música repetidas vezes antes de ir para o intercâmbio e enquanto caminhava pela cidade. A cada passo eu prendia a respiração. Era uma forma de diminuir a frequência dos batimentos cardíacos, me acalmar, deixar o tempo mais arrastado para aproveitar cada segundo.

Budapeste é uma cidade dividida em duas pelo rio Danúbio. O lado Buda, mais montanhoso, te leva para o Castelo de Buda e para o Bastião dos Pescadores. Com sete torres, cada uma representando uma das tribos que fundaram a Hungria, o monumento branco te transporta para tempos medievais.

Diversas vezes ouvi que a coisa mais incrível de Buda era a vista de Peste. E ao tirar um tempinho no Bastião para só admirar o que o outro lado do rio guarda, é difícil bater o pé e discordar.

A Ilha Margaret e o imponente Parlamento à esquerda, a cidade miúda, com casas que parecem pecinhas montadas por uma criança e as pontes à direita. À noite, as luzes se acendiam e deixavam a cidade com um amarelo confortável, que abraça a gente.

O cheiro de goulash, cafés e as risadas ao fundo tornavam a cidade cada vez mais aconchegante. Budapeste é um tesouro escondido na música de um inglês de voz grave.

Uma música diz que o moço abriria mão de sua casa em Budapeste pela moça. Eu não entendia como uma casa na cidade poderia significar algo grande, uma prova de amor, até chegar lá.
O ar frio dos dois lados da cidade, seus cantos, histórias e detalhes me abraçaram e me esquentaram de uma forma que eu não podia prever. Budapeste é espontânea e me deixou voltar para casa com grande parte dessa espontaneidade. Porque quando você ouve Arctic Monkeys na rua, você canta com todo o seu pulmão. Quando você tem a oportunidade de jantar de graça em um restaurante fino, você vai.
E quando você pode dar seu casaco extra para um senhor, provavelmente um refugiado, que estava tremendo de frio no metrô, você dá. Budapeste é mais incrível do que eu podia imaginar e era, sim, uma prova de amor.

Um Bocadinho, página 154

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